quinta-feira, 20 de junho de 2013

Quando a Gente acabar não vai haver mais gente que trabalhe para sustentar as regalias dos outros

Nestes dias de incerteza (que já se arrastam por anos) dou comigo a pensar que esta maneira de eliminar a classe média,  obrigá-la a decidir-se pela alta ou baixa e, por fim, exterminar a baixa, está a demorar muito tempo. 
O povo  - a plebe - o populacho, como queiram chamar, não tem por onde existir. Persiste em subsistir na esperança de dias melhores mas que nunca virão. Tira-se às refeições uma batata hoje, um punhado de arroz amanhã - que se comermos menos uma garfada não morremos de fome, mete-se mais uma bucha de pão na boca e um trago da desengraçada mas ainda assim mais económica (ainda que não saibamos que porcarias andamos a beber) água.
Teima a gentalha em continuar a sua rotina da maneira como pode, como se consegue adaptar, entre um desemprego aqui e um biscate ali, esta gentinha que nunca mais emigra ou morre.
Resistentes que somos nós, a ralé, deve ser de estarmos sujeitos a tudo parece que a tudo ficamos imunes e se há os mais vulneráveis que vão ficando pelo caminho ou mudam de direcção, há os resistentes - mania da persistência - que permanecem firmes como um mastro de bandeira e continuam dia após dia uma labuta vã.
Morremos à fome, morremos analfabetos, morremos sem cuidados de saúde básicos.

Extermine-nos de uma vez Sr. Ministro. Ou está armado em deus-todo-poderoso da Selecção Natural e nós somos umas cobaias neste jardim à beira-mar plantado onde nos observa à espera de verificar as teorias de Darwin?
Espera uma revolta apocalíptica hollywodesca aqui no nosso pacato rectângulo?

O que espera?
O que quer de nós?

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Amanhã sai o estudo a dizer que é mais barato comer nos restaurantes?


Sim sim. 
Devem achar que nos enganam com esses estudos à pressão agora que se sabe a % de clientes que as AE perderam. 
Devem achar que o "povo" - esse bárbaro ignorante - não faz contas à vida. 

terça-feira, 18 de junho de 2013

Há 28 anos era assim. Hoje é pior.

Está tudo cheio, tão cheio, cheio, cheio
Mas não pode ser, é tudo feio, tão feio, feio




Falta o ar, falta o emprego e até já falta o navio grego.

sábado, 15 de junho de 2013

Só mais uma para o caminho.

A vã esperança do triste engano

Porque é que teimamos em chamar nomes às coisas, nomes que não lhes pertencem, que não lhes assentam, na  esperança de que, depois de tanto lhes chamarmos esse nome, essas coisas passem a ser o que lhes chamamos?

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O que faço esta noite?

Agora ficava a noite toda no youtube a saltitar suavemente de música em música, tal elefante a saltitar suavemente de nenúfar em nenúfar no lago da selva.

Mas valores mais altos se levantam e outras obrigações chamam por mim.

Saber que está a chegar um Fim

Quando ao invés de publicarmos uma mensagem a apagamos por acharmos que ninguém mais deve saber o que éramos para dizer a toda a gente.

... também não há duas sem três.

E como não há uma sem duas...

Vá lá eu saber porque é que me lembrei disto...

... mas que não sai da cabeça, não sai!


quinta-feira, 13 de junho de 2013

imeem...

... ora bolas imeem... eu tinha coisas alojadas aí. Está bem que desde o início de Outubro de 2009 que não te usava nem sequer me lembrava de ti mas - caramba - lembrei-me o mês passado - não do teu nome mas da tua utilidade - e hoje descobri um atalho para chegar ao teu nome e te encntraor mais depressa e quando te encontro... descubro que foste "engulido" por um "gigante" e o meu registo já não existe bem como tudo o que te dei para guardares. E havia lá um ficheiro importante, sabias?

Agora...

... paciência...

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Só para não esquecer o friozinho

Esta foto foi tirada em 09 de Junho. Ontem  portanto. 

Está frio. Está chuva. 

Parece que, como dia o Rui, este mês de Fevereiro nunca mais acaba...

sábado, 8 de junho de 2013

Uma esmolinha. Por favor.

É angustiante receber cada vez mais convites para eventos (facebook) que são, afinal, vendas feitas por pessoas que precisam trocar tudo o que têm para conseguir pagar uma despesa no fim do mês. 

Vive-se dia-a-dia. Os planos são ao mais curto prazo possível e já só importa sobreviver. Ter para o mínimo.

É angustiante receber cada vez mais notícias de amigos, familiares, conhecidos, amigos de amigos e conhecidos de conhecidos que ficaram ou estão em vias de ficar desempregados.

Faz-se o que se consegue para sobreviver. Troca-se, vende-se, dá-se, ajuda-se, pede-se ajuda.

É angustiante ver os pedidos desesperados de ajuda, ouvir os gritos mudos, abafados por um sorriso de quem ainda tem a dignidade de conseguir pedir ajuda com um sorriso que esconde as lágrimas que querem jorrar à força porque a luta entre a dignidade e a vergonha é obscenamente desequilibrada. Obscenamente desequilibrada.

É angustiante olhar para os filhos, os nossos e os dos outros, e não saber o que vão comer amanhã. Não saber como vão sorrir amanhã. Não saber como vão estudar amanhã. Não saber como lhes vamos conseguir sorrir e dar tranquilidade para que, ao serem crianças felizes hoje, sejam adultos equilibrados amanhã.

Se as crianças são o Futuro, que futuro estamos a proporcionar ao nosso Futuro?

Mas neste país, neste momento, vive-se para este momento, o momento em que não sabemos o que vamos comer, o que vamos vestir, como vamos pagar. Como vamos Ser.